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  • Epífitas - parte 1

    Plantas por aí...

    Epífitas

    Epífitas são plantas que crescem sobre outras plantas, sem retirar delas os elementos para sua sobrevivência, ou seja, água, sais minerais ou carboidratos. Não são, portanto, parasitas. São autossuficientes na produção da energia que necessitam.
    Utilizam as árvores e arbustos apenas como apoio, pela necessidade de alcançarem a luz do sol, distante do solo. Ocupam o alto das florestas, um espaço composto por galhos e folhas que se entrelaçam e compõem o mais complexo ecossistema terrestre, e são muitas! Correspondem a 10% de toda as plantas vasculares existentes. Nas nossas florestas úmidas, as epífitas mais encontradas são as orquídeas, bromélias, samambaias, filodendros (que significa “amigo das árvores”) e cactos, nesta ordem. A primeira está presente em quantidade três vezes maiores que a segunda, que por sua vez, também supera por três vezes a quantidade da terceira, quarta e quinta, que estão em proporções mais ou menos iguais.
    Esse ganho dos espaços de luz ensejou adaptações às dificuldades de acesso à água e nutrientes do solo. Desenvolveram estratégias para otimizar o uso da água: a fotossíntese que essas epífitas realizam é de um tipo especial (mais eficiente na escassez de água), folhas rígidas e os revestimentos de ceras (evitam perda d’água), os troncos e folhas suculentos (armazenam água), e os caules, raízes, flores ou frutos verdes (também realizam fotossíntese). Outras estratégias se direcionaram para obtenção de nutrientes: preferência por lugares que acumulam matéria orgânica (bifurcações das árvores), simbiose com insetos e pequenos animais (fornecem abrigo em troca de seus ricos dejetos) ou simbiose com fungos que vivem em suas raízes (aumentam sua capacidade de absorver água e nutrientes).
    Algumas adaptações são bem particulares: bromélias dispõem suas folhas de forma a construir tanques de retenção de água enquanto outras têm células de revestimento especializadas em absorver água e nutrientes, os tricomas das folhas. Orquídeas e algumas aráceas (plantas do grupo dos filodendrons) têm suas raízes recobertas com um tecido especial de revestimento e proteção, capaz de armazenar água, o velame. Muitos filodendros emitem longas raízes que atingem o solo. Samambaias tem extenso sistema radicular que percorre grandes distâncias nos troncos das árvores, e as cactáceas provavelmente conseguem absorver fontes orgânicas de nutrientes.
    No entanto, todo esse esforço de superação resulta num lento crescimento... Todas as epífitas demoram muito a crescer, mesmo nas condições de jardim, onde tentamos prevenir a escassez de água e de nutrientes.
    Pensando em jardins, sempre há a dúvida em saber se estas plantas inquilinas são prejudiciais, se atrapalham o desenvolvimento das outras... Jardim depende de um olhar constante! Requer sempre observar se as plantas estão progredindo ou se algo não está indo bem... Em condições muito incomuns, epífitas em excesso podem competir por luz, aumentar o peso sobre os galhos...
    Os próximos posts serão dedicados aos tipos de epífitas que mais suscitam dúvidas quanto a possibilidade de dano: as Tillandsias, o Cipó Cabeludo e Musgos e Líquens
    Depois deles, trataremos das plantas parasitas, estas sim, causadoras de grandes perdas.
    https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S2236-89062010000100001&script=sci_abstract&tlng=pt
    http://www.bibliotecaflorestal.ufv.br/bitstream/handle/123456789/4883/dissertacao_Aline%20dos%20Santos%20Dias.pdf?sequence=1&isAllowed=y
    https://www.scielo.br/pdf/hoehnea/v35n4/v35n4a10

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