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  • Parasitas - parte 3 - Cipó Chumbo

    Plantas por aí...

    Cipó Chumbo

    Quem já viu plantas recobertas por fios amarelos, essa inusitada imagem, provavelmente se perguntou o que seria esse emaranhado...
    Estes fios amarelos são os ramos de uma planta parasita sem folhas e sem raízes, a Cuscuta sp. Ela não tem clorofila ou tem muito pouca, por isso não é verde. Assim não é capaz de realizar fotossíntese, necessita de alguém que faço isso por ela.
    Uma planta de Cuscuta adulta sobre uma planta hospedeira, aquela cabeleira amarelada, produz muitas sementes que são facilmente disseminadas por animais ou pelo homem nos trabalhos agrícolas (ferramentas, sementes ou matéria orgânica contaminados).
    A semente carrega poucas reservas e, caindo no solo, tem poucos dias para germinar e encontrar uma planta hospedeira compatível. A parasita percebe a planta hospedeira através de substâncias voláteis atrativas que esta exala... é como dizer que a parasita percebe o “perfume” de sua vítima...
    Então, um terrível cerco se inicia... A Cuscuta cresce em direção a sua vítima, toca-a, e enrola-se nela. Produz substâncias adesivas e a induz também a produzi-las! E começa a desenvolver seus haustórios... Essa estrutura faz pressão sobre o caule da vítima, rompe-o com a ajuda de enzimas de degradação, e penetra em direção aos vasos condutores de seiva, fundindo-se a eles. Os vasos condutores das duas plantas, hospedeira e da parasita, tornam-se uma coisa só. A hospedeira então passa a suprir a parasita com água, sais minerais e açúcares... dementador...
    A Cuscuta emite ramificações que vão se espalhando pela planta hospedeira, emitindo novos haustórios, atingindo outras ao redor. Estima-se que uma planta de Cuscuta se alastra num raio de 3m a partir de onde germinou. Seu ciclo de vida é rápido, entre germinação da semente e a produção de uma nova semente viável passam-se 38 dias, que é um processo contínuo, enquanto a planta viver... Embora a vida da planta parasita dependa da planta hospedeira viva, isso só importa até a produção de sementes...Na natureza, não importa o indivíduo, importa o descendente...
    A planta hospedeira fica muito enfraquecida, muito suscetível a ataques de outros patógenos, como insetos, fungos, além de poder ocorrer a transmissão de vírus e outros patógenos muito pequenos.
    O controle é muito difícil: pedaços dos ramos podem se espalhar, suas sementes podem se misturar às sementes da planta hospedeira, além de ficarem viáveis no solo por anos...
    Prevenir a introdução é a melhor conduta.
    Não adianta arrancar a parasita estabelecida! Qualquer pedaço de ramo ou haustório que fique sobre a planta hospedeira continuará a disseminação. E sempre fica...É impossível retirar todos os ramos da parasita...Então, não há alternativa, a hospedeira deve ser sacrificada... arrancada e eliminada!!
    Apenas no caso de infestação muito inicial, antes da produção de sementes, pode-se fazer podas drásticas...

    https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fpls.2015.00045/full
    https://agris.fao.org/agris-search/search.do?recordID=BR19981773131

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